Luiz Alberto Beserra de Farias*
Resumo
O trabalho propõe a discussão do tema da comunicação organizacional como promotora de efeitos no contexto dos resultados do produto, em um determinado mercado, envolvido por sua marca, associando a si qualidades intangíveis oriundas da imagem percebida da instituição que o produz/fornece pelo público de interesse. Essa absorção-associação, responsável por agregar valor à marca-produto, seriam proporcionais à força que mova a raiz da cultura organizacional, no sentido de fortalecer identidade e esta reverberar como manifestação clara dos princípios da organização, dinâmicos mas efetivos no seu modo de ser, de agir e, por fim, de produzir-fornecer.
Palavras-chave
Comunicação organizacional; imagem institucional; marca e produto.
Cultura de resultados
Habitualmente nos acostumamos a pensar cultura organizacional como se esta estivesse desvinculada dos resultados objetivos alcançados ou desejados pela organização. Como se as metas e a realidade cultural da organização fossem incompatíveis e dissociadas entre si. De acordo com Morgan (1996) "as organizações são minissociedades que têm seus os próprios padrões distintos de cultura e de subcultura", fazendo com que o processo de criação desse microssistema social seja ímpar, característico de organização a organização. Deste modo, não se poderia, por assim dizer, uniformizar um não-resultado como padrão, visto que os padrões não poderiam assim ser vistos, tal o grau de comprometimento que cada uma dessas minissociedades têm com suas próprias características, intrínsecas a suas relações internas e externas, enfim, às relações mantidas com os diversos públicos interagentes.
Pensamos, assim, que a comunicação nas organizações, em relação a seus públicos interno e externo, seja resultante do processo de criação e de fortalecimento de sua cultura organizacional, sujeita à dinâmica constante, oriunda de sua própria natureza. Parece-nos que seja também nessa cultura que deva residir a estruturação da identidade corporativa, a qual, por seu tempo, deverá ser assumida pelo corpus da organização e ser refletida o mais fielmente possível na impressão absorvida pelos diversos stakeholders ligados à organização, resultando no fortalecimento da imagem corporativa.
O princípio para compreender e otimizar os resultados da cultura organizacional é analisar as relações existentes dentro do microcosmo social que é a organização, aqui analisada sob o ponto de vista de que seja o conjunto de "agentes coletivos, à semelhança de classes sociais" que "são planejados de forma deliberada para realizar um determinado objetivo" (Srour, 1998: 108). É nesse ambiente que se movem os relacionamentos que propiciam a formação e a permanente mutação da cultura organizacional, que classificamos como "um conjunto de padrões que permitem a adaptação dos agentes sociais à natureza e à sociedade a qual pertencem, e faculta o controle sobre o meio ambiente" (Srour, 1998: 174). Além da formatação espontânea e natural, deve-se ressaltar ainda que as deliberações formais de comportamento que emanam dos agentes gestores enunciam o potencial de resultados do comportamento da organização e sua manifestação como cultura (Giangrande & Figueiredo, 1997: 61).
De acordo com Simões (1995), a partir das determinações contidas no planejamento estratégico da organização é que se enunciam os princípios filosóficos, que sedimentarão a ideologia da organização, a qual, por seu tempo, será manifesta por meio de comunicações formais ou informais, dirigidas ou massivas.
O resultado dessa equação, do formal com o informal a cultura , manifesta-se como instrumento formatador de uma identidade corporativa, que, segundo Costa (1995), "é a essência própria e diferencial da organização, objetivamente expressa por meio de sua presença, suas manifestações e atuações". Os códigos, por seu tempo, vão ser acordados entre os agentes presentes na organização quanto a seus elementos básicos, em conformidade com
"as regras segundo as quais essas unidades podem ser selecionadas e combinadas, os significados à disposição do receptor e a função social ou comunicativa que desempenham" (Fiske, 1997: p. 108)
A identidade é algo profundo: está impregnado na forma de ser e de fazer da organização, em sua atuação global e que é compartilhada por seu público interno. Assim, identidade e cultura podem ser vistas como dois elementos interativos.
Ainda de acordo com Costa (1995: 43),
"quando a identidade é forte, claramente diferenciada e gerenciada, chega a formar parte da personalidade original da empresa e, então, resulta em estilo. A esse estilo dito em sentido amplo pode-se chamar, com propriedade: imagem".
Os elementos sígnicos existentes na organização expressões verbais e visuais em conjunto com as mensagens expressas por produtos, propaganda e relações públicas, inseridos no contexto organizacional que é estruturado pelo inter-relacionamento das pessoas , estruturam a formação da cultura, que deve, por sua vez, dar moldes à identidade.
A repercussão desse processo formará a imagem corporativa, responsável pelo modo como é percebida a organização por seus diversos públicos.
"A imagem é a resultante da identidade organizacional, expressa nos feitos e nas mensagens. Para a empresa a imagem é um instrumento estratégico, um conjunto de técnicas mentais e materiais, que têm por objetivo criar e fixar na memória do público, os valores positivos, motivadores e duradouros. Estes valores são reforçados ao longo do tempo (reimpregnação da mente) por meio dos serviços, as atuações e comunicações. A imagem é um valor que sempre se deseja positivo isso é, crescente e acumulativo , e cujos resultados são o suporte favorável aos êxitos presentes e sucessivos da organização". (Costa, 1995: 45).
Ao público a imagem funcionará como a tradução psicológica da identidade da organização, a visão externa da empresa. Cabe lembrar que a imagem pode ser percebida também pelo público interno e pelos seus dirigentes. Pode, ainda, ser percebida de modos diversos pelas categorias de públicos apresentadas.
A comunicação organizacional, desse molde, pode administrar os processos de formação da equação que resulta na imagem corporativa.
O que questionamos é se o gerenciamento da comunicação da organização, permitindo uma visão externa da organização imagem que corresponda à realidade vivida pela empresa cultura e identidade pode resultar em melhores possibilidades de relacionamento com os diversos públicos e, em especial, com o público consumidor, fazendo com que o trabalho orquestrado da comunicação organizacional leve por fim ao acréscimo de qualidade e valoração de produto e da marca, tornando-se diferencial de mercado.
Em tempos de globalização, marcados pelo "crescimento e aceleração de redes econômicas e culturais que operam em escala e base mundial", a informação passa a ser elemento pré-requisitado no processo de consumo. A informação pode ser vista como elemento estratégico e diferencial, até mesmo de valor no momento de escolha. Propaganda, promoção e todo o composto de marketing acabam por necessitar de mais e maiores valores a agregar ao produto e à marca, ampliando seu sentido de utilidade intangível e marginal.
Nesse momento, acreditamos, pode ser a imagem institucional, em consonância com a identidade corporativa, o diferencial. Para isso ser atingido, pensamos, deve-se lançar mão de equilibrada política de comunicação organizacional, que será responsável por valorizar a marca, e, a um só tempo, tornando-se diferencial no processo de aquisição do produto e ampliando a capacidade competitiva da empresa. Esse trabalho de maior fôlego, orquestrado, deve objetivar a conquista, ampliação e manutenção das bases, levando à maior participação pela organização no market share de seu segmento.
Mercados e consumidores: produtos e valores
Para o a efetivação dessa hipótese, de que a cultura agregue valor e inspire resultados, deverão ser analisadas, de forma global, as relações da organização com seus diversos públicos, a partir da análise do comportamento dos públicos diretamente formadores de seu padrão de cultura organizacional. O passo posterior é seguir rumo àqueles cuja observação da organização dá-se de forma externa, alheia ao processo de formatação da identidade desta.
Avaliar os relacionamentos intencionais e não intencionais, manifestos pela comunicação da organização institucional e mercadológica ou pela forma como é vista, espontaneamente, redundará na possibilidade de compreender suas relações com seus públicos de interesse.
É nesse momento que cabe uma reflexão sobre a forma como a organização se vê, se enxerga. Muitas vezes o que pode ser percebido, com um olhar um pouco mais atento, é a deformação intencional da realidade na qual esteja circunscrita.
A comunicação organizacional é o foco de nossa atenção, partindo do pressuposto de que cultura organizacional resulte em identidade, que deve ser espelhada de forma macro em uma imagem positiva mas de forma alguma apenas verossímil , resultante de uma política efetiva de comunicação. E que possa influenciar no mercado consumidor, tornando-se diferencial da marca e do produto.
A publicidade resulta no fortalecimento dos vínculos imaginários de consumo, estimulando desejos e necessidades buscando a efetivação do ato de compra. Todavia, como dizíamos, vivemos momento de globalização, e esta
"liga-se fortemente aos debates sobre cultura mundial e emergiu como um conceito crítico no começo dos anos 80. (...) O crescimento de uma cultura global resultou de alterações principais e desenvolvimentos em mercados multinacionais e corporações, comunicações e tecnologias de mídia e sistemas mundiais de produção e consumo."
Como decorrência desses processos de influência mundial, tanto do ponto de vista cultural como de consumo e de produção, o perfil do consumidor também sofre alterações significativas. Além do aporte de novas tecnologias e de técnicas de mercado, que tornam produtos cada vez mais necessitados por oferecerem diferenciais àqueles que o buscam, há a incessante e acirrada concorrência.
A importação de valores culturais também pode significar consumidores com consciência crítica mais aguçada, capazes de diferenciar o produto pelo que sua empresa fabricante-fornecedora represente. Não é por nada que as políticas de responsabilidade social empresarial têm tornado-se tão populares e estimuladas. É a exigência do mercado, cuja tensão aguça-se a cada dia.
No momento do consumo, então, pode haver o peso de uma cultura organizacional, capaz de articular a identidade dessa organização e de manifestá-la publicamente sob a forma de imagem institucional, como elemento de decisão no ato de compra.
De acordo com Zozzoli, conceito da organização, imagem do produto e imagem da marca, não podem se dissociar pelas claras interfaces existentes (Apud Farias, 1999: 148). Assim, defendemos a necessidade de existência de vínculos entre a comunicação mercadológica com a realidade cultural da organização, por meio de ações conjugadas e estruturadas nas percepções da organização.
Caminhos da comunicação organizacional
Não há organização sem consumidores e não há produto que não seja objeto de uma organização. A inter-relação é tácita. À comunicação organizacional caberá compreender os processos de formação da cultura organizacional, buscando transformar essa cultura em ativo da organização, valorizando suas características. Para isso, há que se refletir sobre a formação da identidade corporativa manifesta nos processos sociais percebidos no interior dessa organização e nas formas de compreensão de si mesma.
Propomos que se estude a relação entre a cultura organizacional, identidade corporativa e a imagem institucional, o que pode vir a colaborar para a compreensão dos processos inter-relacionais das organizações com seus diferentes públicos, em especial os chamados colaboradores, responsáveis por construir, de dentro para fora, a imagem percebida pelo dito consumidor.
O desenvolvimento dessas atividades, de cunho analítico-qualitativo, talvez possa oferecer um estudo do comportamento da organização, estimulando-a a conhecer os reflexos da comunicação organizacional sobre a posição de mercado da organização.
Ainda cabe o estudo e a compreensão das questões externas que motivem o estado de coisas percebido. Não se pode avaliar uma organização isolando-a de seu contexto, no qual podem ser encontrados inúmeros fatores condicionantes. A concorrência é um elemento que deve ser percebido e entendido, bem como a comunidade, as políticas do governo e a imprensa.
Mas sempre, em qualquer política de análise de cenários, como planejamento estratégico, deve-se levar em consideração os vetores da organização em análise. O benchmark deve ser buscado mas a aculturação das tecnologias deve vir ao encontro de uma sólida ponderação sobre o que é a organização. Sobre a comunicação interna que desenvolve, seus modelos de gestão (institucionais e de negócios) que a levaram até onde se encontra, como se adapta às macrotendências e se as observa.
A organização será a equação dos fatores de seu macroambiente, influenciados e influenciadores de seu microambiente, redundando no clima organizacional. Conhecer os perfis dos públicos envolvidos e seus níveis de satisfação pode contribuir para o estabelecimento de prioridades empresariais, estimulando processos de motivação qualidade e resultados.
A análise permanente desses elementos-chave pode significar um diagnóstico mais próximo da realidade.
Mídia e organização: caminhos comuns
Não podemos esquecer que as pessoas constroem suas discussões sobre os diversos assuntos agendadas pelos temas que os veículos de comunicação de massa agendam, a partir do destaque e da repetição recebidos pelas notícias. Ainda que convencionemos que a mídia não constrói opiniões, não podemos esquecer que sua pauta se trate de forte estímulo à forma como serão moldadas as impressões a respeito das organizações.
Também cabe à comunicação organizacional a interpretação dessa percepção externa, que, ao ser passada pela mídia, manifesta a opinião desta sobre o que representa a organização em questão.
Segundo Molotoch e Lester, há três agentes-chave ligados à construção da notícia: promotores (promoters), aglutinadores (assemblers) e consumidores (consumers) e, desse grupo, composto pelos responsáveis em transformar os fatos da organização em notícia, em agenda pública, pelos componentes da imprensa e pelos leitores/telespectadores, resultarão as maneiras como a organização será exposta e percebida.
A imprensa, decerto, necessita de canais permanentemente abertos junto à organização, até mesmo pelo fato desta ser híbrida público e canal e assim necessitar de uma forma diferenciada de ser vista.
O consumo de notícias e a espetacularização da mídia devem ser fatores que inspirem cuidados. O trabalho permanente desse nicho de comunicação é fundamental, visto que a construção da imagem pública da organização passa pelo viés da emissão de pareceres ajuizados da imprensa, liminar ou subliminarmente.
Mais do que comunicação com "produtos de prateleira", cuja finalidade é a conquista de espaço, a intermediação da imprensa deve ser trabalhada com estratégias de longo termo, com fôlego. Não basta fixar a imagem da organização, mas trabalhar para torná-la elemento referencial, capaz de suportar possíveis choques, oriundos de conflitos ou crises acidentes, escândalos etc.
O espaço na imprensa deve ser visto, buscando o viés aqui proposto, pelo lado do mercado, que denota a importância na conquista das bases, mas a prevalência na sua manutenção. O investimento, então, não é no encaixe de pautas, pura e simplesmente, mas na efetivação de políticas de compreensão desse público, inscrito na base de sustentação da organização junto à opinião pública.
Últimas Considerações
As organizações, com suas transformações das últimas décadas, vivem em constante mutação e à procura de seu aperfeiçoamento em um cenário empresarial de maior competitividade dia após dia. É nelas que se encontra o maior foco de postos de trabalho, objeto de aspiração da chamada População Economicamente Ativa (PEA). O crescimento desses postos de trabalho é diretamente relacionado às políticas econômicas mundiais balizadas pelo processo de globalização.
Justamente por ser o maior foco de postos de trabalho na medida em que os governos têm deixado à iniciativa privada a missão de gerenciar as atividades de produção e de prestação de serviços , a organização merece atenção especial porque é justamente aí que as pessoas permanecem a maior parcela do seu tempo.
A relação social existente no interior das organizações acaba por ser ponto central na vida de todos, visto que as manifestações e impressões colhidas ao longo da vida acabam por ir depositar-se no seio da instituição e o processo de formação da cultura empresarial, por sua vez, reverte-se na vida de cada um, causando efeito em dois sentidos, paralelamente.
Assim, a comunicação organizacional é moldada por impulsos externos e causa efeitos na vida das comunidades com as quais se relaciona, em especial a comunidade interna os colaboradores.
Todavia, esses inputs percebidos pelo núcleo da organização são devolvidos na forma de uma cultura que se materializa na identidade corporativa e que reverbera, correta ou de modo distorcido, sob o modelo mental atribuído à organização pela imagem corporativa.
Dessa relação podem advir diversos pontos positivos ou negativos à organização e, por conseqüência, à população interna, circunvizinha (comunidade) e consumidora, dependente em maior ou menor graus da vida da organização.
Por esses fatores, pelos reflexos que o microcosmo organizacional leva para a sociedade, pensamos ser necessária uma permanente pesquisa que se debruce sobre as causas e os efeitos dessa inter-relação, estimulando os agentes gestores dessas instituições a avaliar os efeitos das atividades junto aos públicos de interesse.
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*Luiz Alberto Beserra de Farias é professor da Unicsul e da Cásper Líbero.