Comunicação interna

:: Uma comunicação do tamanho do Brasil

Cíntia Barreto*

      "Como podemos fazer uma mensagem chegar, em duas horas, aos 85 mil funcionários da nossa empresa"?
      Esta pergunta foi feita por um presidente do Banco do Brasil há cerca de três anos, bem na época em que o BB começava a desenhar uma iniciativa para fazer com que a comunicação se tornasse mais ágil e efetiva. Era a hora de dar andamento a uma idéia antiga da área de comunicação: ter, em cada dependência do BB, alguém que fizesse a comunicação fluir e que estivesse antenado com as necessidades de comunicação da dependência.
      Há canais eletrônicos on line no BB que podem ser utilizados a qualquer tempo, mas não há como prever a que horas eles checarão suas mensagens. A maioria trabalha no atendimento ao público, em agências espalhadas por todo o país. E aí?
      Muito simples. Como uma das principais metas do Banco do Brasil é aprimorar suas práticas de comunicação interna, a demanda do presidente caiu como uma luva sobre o projeto Rede de Agentes de Comunicação Interna, já em gestação naquela época.
      Para melhor explicar o mecanismo, reproduzo, abaixo, parte do material elaborado pela Diretoria de Comunicação e Marketing do BB para divulgação interna do projeto:
      Em junho de 2003, o Comitê de Comunicação do Banco do Brasil aprovou a criação da Rede de Agentes de Comunicação Interna, projeto que prevê a existência de pelo menos um agente de comunicação interna em cada dependência do BB. Os agentes são funcionários que, de maneira voluntária, desenvolvem atividades voltadas para agilizar o fluxo descendente das informações corporativas, fortalecer a comunicação ascendente e incentivar a prática do diálogo na Empresa.
      Essa importante iniciativa do BB se baseia na premissa de que, para ser eficaz, a comunicação interna requer um sistema de mão dupla, no qual cada funcionário, além de receber e assimilar as informações, precisa repercuti-las. O processo de comunicação de mão dupla transforma cada pessoa em participante ativo no cotidiano da Organização e do processo de comunicação. A comunicação é utilizada como instrumento estratégico de gestão e os veículos têm a função de apoiar e sustentar o processo. O apoio das dependências, notadamente dos gestores, é fundamental.
      Trata-se de uma estrutura em rede formada por funcionários que desenvolvem, no âmbito das dependências onde trabalham, sob orientação técnica da Diretoria de Marketing e Comunicação do BB, as seguintes ações de comunicação:

1. assessoram o Comitê de Administração no planejamento e na implementação de ações de comunicação interna.
2. divulgam tempestivamente assuntos corporativos relevantes e/ou de interesse dos funcionários.
3. mantêm e atualizam o Quadro Mural.
4. sugerem pautas para os veículos de comunicação interna: Agência de Notícias, Revista bb.com.você, Boletim Pessoal, TV BB e seção Destaque do Quadro Mural.
5. enviam feedback à Diretoria de Marketing e Comunicação sobre as ações de comunicação interna e os veículos de comunicação interna.

      Os agentes atuam como multiplicadores ágeis dos fatos relevantes em um contexto de credibilidade, relevância e urgência. Atuam de maneira a auxiliar o fluxo de informações com eficiência e segurança entre os diversos níveis hierárquicos.
      Os resultados esperados com a implementação da iniciativa são o aprimoramento do processo de comunicação interna; o autodesenvolvimento dos funcionários, por meio da democratização da informação e do conhecimento; a melhoria do clima organizacional da dependência, por meio do estímulo à prática do diálogo; e a melhoria do desempenho/resultado das dependências do Banco.

      Conclusão: quando esta estrutura estiver funcionando a pleno vapor (a previsão é, até o final de 2007, incluir todas as mais de 4,2 mil dependências do BB), com certeza a mensagem do presidente chegará em até duas horas - ou menos! - , a todos os funcionários do BB, do Oiapoque ao Chuí.
      O projeto é ousado? Sim, mas tem uma peculiaridade: apesar de sua grandiosidade (não é exatamente uma tarefa fácil falar com 85 mil pessoas espalhadas por todo o país), é de rápida implementação e de baixo custo. E o melhor de tudo: é compatível com as particularidades existentes em cada dependência, em cada estado, preservando e estimulando a cultura organizacional do Banco do Brasil.
      Estou entre os 39 educadores da Universidade Corporativa do BB selecionados para ministrar a oficina criada especialmente para o projeto, na qual serão formados os agentes de comunicação interna de todas as dependências do Banco do Brasil. Com muito orgulho e sem falsa modéstia, arrisco dizer que sou integrante de um movimento que escreverá uma importante página da história da comunicação do BB, uma instituição que caminha a passos largos em direção aos seus 200 anos de vida, mais jovem do que nunca.
      A missão é desafiadora e instigante. E é exatamente isso que a torna grandiosa e recompensadora no final.

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* Cíntia Barreto é jornalista e funcionária do BB (Núcleo de Comunicação e Marketing da Superintendência de Varejo do Rio de Janeiro).

 
 
 
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